domingo, 29 de janeiro de 2017

#3 Sergei Pavlovich Korolev

  

Korolev com um dos cães lançados em foguetes desenvolvidos por ele mesmo.Créditos: Natalya Koroleva
Como prometido anteriormente, nesta nossa jornada por entender os inícios da exploração espacial, seria uma injustiça deixar de mencionar um homem que fez grandes contribuições ao desenvolvimento de foguetes, os quais possibilitaram colocar em orbita da Terra, diversos aparelhos, pessoas e até cachorros e diversas sondas espaciais em direção à lua e alguns planetas do Sistema Solar. Alguns acreditam que ele talvez fez mais contribuições para a corrida espacial do que o próprio Wernher von Braun, este pioneiro teve seu nome mantido em segredo de estado por motivos de segurança e só foi revelado após sua morte. Estamos falando do engenheiro Sergei Pavlovich Korolev.
Sergei Pavlovich Korolev (1907-1966) é amplamente considerado como o fundador do programa espacial soviético. Pois, Antes da Segunda Guerra Mundial ele já estava envolvido em estudos com foguetes na URSS, Korolev, como muitos de seus colegas, passou pelas prisões de Stalin e mais tarde participou na busca de tecnologia de foguetes na Alemanha ocupada. Sua incrível energia, inteligência, crença nas perspectivas de vôo espacial, habilidades gerenciais e habilidades quase míticas na tomada de decisões fizeram dele o chefe do primeiro centro soviético de desenvolvimento de foguetes, hoje conhecido como RKK Energia. Ele merece muito crédito por transformar as armas de foguete em um instrumento de exploração espacial e fazer da União Soviética a primeira nação espacial do mundo.
No auge de sua carreira, Sergei Korolev dando os comanos históricos ao centro de controle  para o reingresso da espaçonave Vostok com Yuri Gagarin a bordo em 1961, que abriu a exploração humana do espaço. 

Após vários anos na prisão, em 27 de julho de 1944, as autoridades "libertaram" Korolev e em 8 de setembro de 1945, viajou para a Alemanha para avaliação e restauração de mísseis balísticos A-4 (V2). Em agosto de 1946, ainda na Alemanha, Korolev foi nomeado chefe de um departamento no recém-criado NII-88 em Podlipki, a nordeste de Moscou. Esta organização foi feita responsável pelo desenvolvimento e produção industrial de tecnologia de mísseis com base nos misseis usados na Alemanha na Segunda Guerra Mundial.
No auge de sua carreira, Korolev liderou o desenvolvimento do primeiro míssil balístico do mundo, conhecido hoje como R-7, que se tornou a base para uma família duradoura de foguetes espaciais, levando os cosmonautas russos à órbita nas próximas décadas. O R-7, com algumas modificações tecnológicas, claro, ainda é usado até hoje para levar astronautas e as vezes suprimentos para ISS, mais de 60 anos depois de Korolev havê-los desenvolvido.
Nos anos seguintes, Korolev liderou o desenvolvimento de várias gerações de mísseis balísticos, veículos de lançamento, satélites de ciência, militares e de comunicações, sondas interplanetárias e naves espaciais tripuladas. Em 2006, a nave espacial Soyuz, que foi concebida na aurora da era espacial, completou quarenta anos de funcionamento. Korolev morreu no auge de sua carreira em 14 de janeiro de 1966. Mas, mesmo antes de sua morte, o empreendimento de Korolev, enfrentou desafios técnicos crescentes, horários irrealistas e pressão política para bater os americanos na chegada à para a Lua.


Devido à natureza secreta da indústria espacial soviética, a contribuição de Korolev para o programa espacial foi reconhecida publicamente pelas autoridades soviéticas somente após sua morte. Por várias décadas mais, a personalidade de Korolev permaneceu um assunto de distorções pela imprensa soviética oficial. Finalmente, em 1994, Yaroslav Golovanov, jornalista e historiador russo, publicou a primeira biografia sem censura de Sergei Korolev. Em 2002, a filha de Korolev, Natalya, completou sua própria biografia de seu lendário pai, na qual ela retomou a incrível viagem de vida de Korolev

 Fonte: russianspaceweb

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